O minino que sonha

quarta-feira, julho 27, 2005

Coisas do Paranormal (Seja lá ele quem for...)


Ilusão de optica ou quê?

terça-feira, julho 26, 2005

Questão pertinente! (Mais uma...)

Bem, ia eu hoje a deambular pela bela cidade cinzenta que é a invicta, quando me deparei com um pensamento profundo que veio alterar toda a minha fantástica existência. Então não é que eu hoje tive mais uma das minhas esplendorosas ideias? Sim, daquelas de vos deixar a todos boquiabertos.

Então o que se passa é o seguinte: fiz uma introspecção latitude e longitudinal sobre a existência de artesãos dos cereais com membros inferiores, ou seja, padeiros que fazem pão não com as mãos, mas sim com os pés.

Pergunto-me se existe por aí nesse país grandioso, um ser que em vez de manufacturar o pão, se o "péofactura"!
Quem possuir conhecimentos de tal ordem por favor notificar este desesperado blog do conhecimento das ciências, letras, artes, hortaliça, mousse de chocolate, sociedade, política e todo o resto de intelectualices.

Cumprimentos e um bem haja do vosso tão idolatrado Deus.

sábado, julho 16, 2005

Paz interior...

Venho por este meio narrar ao mundo (pelo menos a quem quiser ler) o misto de tristeza e inconformidade que me acompanha.
- Por que é que o típico português é tão provenciano?!
Fim da tarde, café deserto, um silêncio delicioso, na boca ainda o paladar a café, nas mãos os fiéis amigos nicotina & literatura...e eis que, vindos da confusão mundana, entram duas personagens: digamos que o "Manel" e a "Maria". Ambos cinquentões, ele de camisa aberta, bigode farto e moccasins da moda. Ela de estatura baixa e anafada, de chanatos plásticos, daqueles que fazem um característico "tlock, tlock, tlock" e claro: cheia de sacos (reparem que "Manel" não acalenta qualquer tipo de sentimento de cooperação - o cavalheirismo não morreu, iúpi!). Dos inumeros lugares vagos, o típico casal escolhe aquela, aquela mesa mesmo junto de si, ao ponto de ter que dar o jeito para que a rechonchuda senhora se consiga sentar, e aí dá-se o descalabro...primeiro risinhos inofencivos, depois, ai ai...depois gargalhadas bem sonoras, qual hienas á caça, mas estas são ligeiramente diferentes, com uma conotação quase que obscena. E as manifestações de júbilo continuam...conversas altas, estupida, exagerada e desconcertadamente altas de um: "a vizinha fez isto, o homem do talho aquilo", segue-se o característico:
Ele - Quem?
Ela - Aquela, a mãe da moça que namora com o filho da do 3º esquerdo.
Ele - Hmmm, não tou a ver filha...
Ela - Aquela! Aquela loira que no casamento da nossa Nanda foi de vestido cás mamas quase de fora, óh! tu sabes quem é!
Ele - Ah! A Coisinha?!
Ela - Sim!
(e continua...)
Breves momentos de silêncio são interrompidos por um louco triturar provocado a um inocente pastel de carne (ou pastel de Chaves - há alguma diferença?), seguido de um ingerir bem sonoro de uma mistura de cerveja com groselha que o transporta para as cataratas do Niagara e um outro som, mais repugante ainda, imerge do lado do Adónis português: o som...da UNHA A SERVIR DE PALITO!!
Pois é...eu pergunto onde foi toda aquela paz de espírito?...

quinta-feira, julho 14, 2005

Quem quer quentes e boas, quentinhas?

Flutuam vagarosa e descompassadamente meus pensamentos à medida que vagueio por entre a cidade que me acolhe, e reparo:
- As ruas estão desertas!
Quer dizer...no meio da multidão de turistas, operários, exaltados, ébrios, alucinados, uns sedentos outros apaixonados...algo está em falta!! Proponho uma pausa, uma espécie de interrupção à rotina, aos horários e obrigações; Unamos esforços e reflictamos:

- Onde pára o Homem das Castanhas?!

A mente mais inculta irá rapidamente responder:
- Pah! Egocêntrico, tá tipo a vender gelados na praia. - Mas estará mesmo?...
Reparem:
Calou-se o seu pregão precissamente numa altura do ano em que ascende para milhares o nº de fogos florestais e em que nos chegam informações de um aumento assustador de mortes por cancro do pulmão, hmmm...Toda a gente sabe que o Homem das Castanhas tem no fogo o seu sustento, e toda a gente já tossiu ao passar por entre a fumarada provocada pelo fogareiro (arma do crime?) desta ilustre personagem.
Será que o Homem das Castanhas se cansou da sua condição? Da sua existência quase que insignificante aos olhos da sociedade? Será que o simpático avozinho procura vingança? Será que irá passar a ter cadastro? Bom, uma coisa é certa, este seu súbito desaparecimento é de uma estranha coincidência...

quarta-feira, julho 13, 2005

Preocupação Sugamus... Ou Beltranus

As vezes pergunto-me se a culpa é minha,
Se sou eu que gosto de remar contra a maré
Ou se è a maré que se opõe a mim...

Valerá a pena respirar com esta intensidade?
Valerá a pena sentir cada particula que me entra?
Ter o poder de renascer todos os dias?
Ou não pensar e ser tudo um dado adquirido...?

Tenta perceber amigo, apesar das nossas divergências...
Eu tento pôr a hipótese de ser como tu.
Porque sei que és um exemplo, um mentor...
Mas ambos vivêmos mundos paralelos...

Eu serei sempre a criança que um dia conheceste,
Tu serás sempre o mesmo fugitivo do momento
Que vive sem qualquer recentimento
Apesar do muito que perdeste...

Mas conseguirás tu ouvir?
Ouve todo um mundo lá fora, toda uma energia
que cresce à tua espera, sente a tua ausência...

Não me julgues por agir, por viver
Eu não te julgo por contemplares a vida.
Só me esforço para que entendas o que perdes
Com a apatia que assumiste para ti...

Entendes as maravilhas que te quero mostrar?
A dor, o sofrimento, o amor e encantamento
São as emoções que nos fazem viver
Dão nos força para continuar a andar!

Não passes pela vida... Sente-a!
Não há nada como amar alguém!..
Não há nada como amar algo!..
Mas ama, sente aquilo a que tens direito.

Vive até ao ultimo bocado de ar nos teus pulmões,
Vive até desejares morrer, mas ganha poder...
Poder de desejar, poder de chorar e sorrir
Com toda a força do teu ser...!

Não adianta fugir do mundo
Terás sempre de enfrenta-lo!
Ouve quem o fez, ouve quem o faz.
Dá-me o minimo de credibilidade!

Não me faças pensar que te escrevo isto em vão!
Porque faço-o por ti, porque sou um "sentimentalão".
Porque te amo caro amigo e penso em ti...
E porque á pouco descubri
Que sou eu o racional. Não tu....


André Daniel Pinto

segunda-feira, julho 11, 2005

Historia Breve De Um Bêbado

"Just Jeff and his guitar!"

Era assim que variadíssimas vezes era apelidado o génio lirico e musical do rock de meados da década de 90. Falo-vos de Jeff Buckley anteriormente mencionado no blog por fazer parte das influêcias de artistas como Damien Rice.
Jeff Buckley um génio da guitarra, voz e da composição lirica musical, faz-nos vibrar a cada momento. Quem ouve os concertos de Jeff ao vivo (em cd's), entende uma falsa alegria na disposição de este. A verdade é que as muitas piadas, ou comentários "alegres" que este tinha por habito dizer em concertos, havia sempre uma melancolia que o acompanhava e isso é possivel de ouvir nas suas musicas: onde uma voz chorosa, limpida e melancolica misturado com a exuberancia (muitas vezes) metafórica das suas letras consegue tocar todo o ser caminhante neste planeta, por muito insensivel, distante ou frio que seja...
Dez anos após a sua trágica morte por embrieguez seguida do afogamento no Mississipi mais propriamente em Memphis, decidi por uma letra que demonstra (entre muitas) a tristeza que acompanhava, mas alem de qualquer tristeza, fica a beleza da letra e a sensibilidade literária do ser em questão. Sim, claramente admiro o grande Jeff Buckley pela sua eloquência... E deixando-me de sentimentalismos, o senhor sabia cantar e tocar guitarra! E sabia beber como de facto se deve beber. Por isso aqui fica:


Morning Theft

Time takes care of the wound, so I can believe.
You had so much to give, you thought I couldn't seek.
Gifts for boot heels to crush, promises deceived
I had to send it away to bring us back again.
Your eyes and body brighten silent waters, deep.
Your precious daughter in the other room, asleep.

A kiss "Goodnight" from every stranger that I meet.
I had to send it away to bring us back again.
Morning theft, and pretender left, ungrateful.

True Self is what brought you here, to me.
A place where we can accept this love.
Friendship battered down by useless history,
Unexamined failure.

What am I still to you?
Some thief who stole from you?
Or some fool drma queen whose chances were few?
That brings us to who we need,
a place where we can save
A heart that beats as both siphon and reservoir

You're a woman, I'm a calf.
You're a window, I'm a knife
We come together making chance into starlight.

Meet me tomorrow night, or any day you want.
I have no right to wonder just how, or when.
And though the meaning fits, there's no relief in this.
I miss my beautiful friend.
I had to send it away to bring her back again.

Musica: "Morning theft"
Album: Sketches For My Sweetheart, The Drunk

sábado, julho 09, 2005

O Bom Rapaz... Talvez...

Não tenho nada para escrever, apenas uma frustração: A de ser bom rapaz, a de aceitar as coisas da forma mais estupidamente positiva, a de embasbacar-me com o possviel e redimir-me ao impossviel, a frustração de tentar perceber este ser que habita num planeta onde a vida não é mais que uma situação banal...
As vezes tento perceber todas estas coisas... Mas nem as minhas próprias atitudes fui capaz de entender, nem as minhas proprias ideias quis assumir. E embora este blog não seja para este tipo de ideias, aqui as exponho, talvez seja este o meu grito do Ipiranga, talvez por ter a mania que sou poeta, talvez seja do whisky, talvez porque não me sinta suficiente capaz de o fazer olhos nos olhos, cara a cara, mano a mano... Talvez o alcool que habita nas minhas veias me dê a capacidade de uma forma indirecta questionar tudo o que não questionei antes de uma forma consciente. Talvez procure o dia em que a revolta que vai dentro de mim se dê e assim queime todos os que me rodeiam (e refrio-me a todos mesmo)... Porquie quem tive para queimar já o fiz, matei os seres que desmerecidamente pediram a minha piedade. Simplesmente matei quem não merecia ter morrido e assim o faço á anos e assim o vou fazer, vou continuar a sugar o bom que há dentro de todos e abandoná-los, como lixo ou como material reciclavél... Enquanto tiver o alcool suficiente para me manter consciente das ideias que trago dentro de mim durante tanto tempo (ideias essas que ressacam pela sua derradeira revelação) a vida dos que me rodeiam será facilmente desvastada... É aqui que o bom rapaz revelará o seu brilharete... Boa noite... E obrigado...!

E voltei é negritude dos meus pensamentos
Cái agora a meus pés todo um mundo,
uma alegria que tao arduamente alcançara...
E do equilibrio e perfeita harmonia mental:
estive perto...

Forçosamente volto à degradação,
a degradação interior que me espanca,
que me desfaz como um insecto
esmagado na parede de uma qualquer casa...

E quando tento fugir de mim:
sou apanhado
Porque não passo de um chiclete
mastigado.
Ou mero produto do meu passado...

David Rios

quinta-feira, julho 07, 2005

Comportamento Humano: Ensaio sobre a situação do café

-Boa tarde, queria um café por favor
-Um cafézinho?...

Quantas vezes é que isto já nos aconteceu? Inumeras, pode-se mesmo dizer que neste momento está a acontecer.
O grande problema desta questão é que está-se a gerar algo que é completamente despercebido ao reles olho humano. Mais não seja que uma guerra. Sim, a guerra está lá fora nos cafés, bares e restaurantes deste país.
Decimos fazer um estudo sobre esta situação e assim contratamos 1 idividuo a que démos o nome ficticio de Arcénio.
Arcénio pediu um favor a um individuo (a que demos o nome de empregado de mesa) num estabelecimento comercial ao qual NÃO démos o nome ficticio de: Café (note-se que o tipo de estabelecimento é apelidado desta forma).
Assim gravámos a conversa de Arcénio e o tal idividuo:

Arcénio- Boa tarde, eu queria um café!
E. de mesa- Um cafézinho?...
Arcénio- Não, não! Mesmo um café!
E. de mesa- Ah ah! Então estamos a falar da mesma coisa! Quer um cafézinho!...
Arcénio- Não não quero, quero um CAFÉ!
E. de mesa- Então e um CAFÉZINHO é o QUÊ?
Arcénio- É UM CAFÉZINHO E NÃO UM CAFÉ, NÃO ACHA?(exaltado)
E. de mesa- NINGUÉM GRITOU CONSIGO, FAZ FAVOR NÃO GRITE COMIGO!!! ALÉM DISSO CAFÉ E CAFÉZINHO SÃO UMA E A MESMA COISA!
Arcénio- NÃO NÃO SÃO! UM É "ZINHO" E O OUTRO NÃO É!

Bem, mais não vos poderei dizer, apenas que Arcénio está a ser processado por agressão fisica e assim o empregado de mesa também a ser processado por destruir a palavra "café".
A questão aqui que se impõe é: como a possessão do homem se reflecte em tudo, inclusivé nas palvras. Incrivel não? Mas reparem noutras situações para que tento alertar os mortais: Um empregado pousa o café na mesa á nossa frente, incrivelmente há uma tendência intriseca ao ser humano para mexer aquela chavena e pires, uns milimetros para a frente ou para tras ou para um dos lados. Tudo porque o ser procura modificar em ultima mão o que lhe foi deixado por outros!... Não acham fascinante? A possessão!
E há tantas coisas mais que não vou falar, vou deixar que o reles mortal leia e se aperceba da guerra que tem entre mãos.

Adieu mortais!