O Bom Rapaz... Talvez...
As vezes tento perceber todas estas coisas... Mas nem as minhas próprias atitudes fui capaz de entender, nem as minhas proprias ideias quis assumir. E embora este blog não seja para este tipo de ideias, aqui as exponho, talvez seja este o meu grito do Ipiranga, talvez por ter a mania que sou poeta, talvez seja do whisky, talvez porque não me sinta suficiente capaz de o fazer olhos nos olhos, cara a cara, mano a mano... Talvez o alcool que habita nas minhas veias me dê a capacidade de uma forma indirecta questionar tudo o que não questionei antes de uma forma consciente. Talvez procure o dia em que a revolta que vai dentro de mim se dê e assim queime todos os que me rodeiam (e refrio-me a todos mesmo)... Porquie quem tive para queimar já o fiz, matei os seres que desmerecidamente pediram a minha piedade. Simplesmente matei quem não merecia ter morrido e assim o faço á anos e assim o vou fazer, vou continuar a sugar o bom que há dentro de todos e abandoná-los, como lixo ou como material reciclavél... Enquanto tiver o alcool suficiente para me manter consciente das ideias que trago dentro de mim durante tanto tempo (ideias essas que ressacam pela sua derradeira revelação) a vida dos que me rodeiam será facilmente desvastada... É aqui que o bom rapaz revelará o seu brilharete... Boa noite... E obrigado...!
E, no entanto, no rescaldo da História, passado e passando os caminhos do julgamento, não deixo de pensar nas, provavelmente inconscientes, injustiças que a vida nos faz enfrentar... Pois, das situações que os outros nos fazem viver, até à inversão dos papeis, onde nós somos o agente polarizador, temos que nos resignar ao papel, sempre secundário, que a Vida e a Existência nos obriga a aceitar. Ele, o papel, sempre nos parecerá ingrato nos momentos difíceis... mas nada podemos fazer... o pior, é todos sabermos disto e raramente o conseguirmos aceitar, fazendo das nossas acções espinhos que atormentam os mais frágeis e incomodam os mais fortes...