O minino que sonha

sábado, maio 21, 2005

Mais uma noite sem sono
como tantas.
Outro respiro sem folgo,
um sufoco.

Mais um dia para acordar
de agonia,
Sem vontade de ter vontades:
vegetar

Mais um segundo para me lembrar
que existo.
Pedaço de memória ressequido,
bolorento...

Mais tempo que não é tempo
e gente que não é gente;
apenas matéria inerte
com quem partilho o meu ar
e me converte
por tentar respirar...