O minino que sonha

segunda-feira, janeiro 03, 2005

Haverá razão na existência no Natal do Hospitais?!?

A resposta é muito simples... há!!!
Porquê? Ora aí está uma questão interessante...
Qual a razão do massacre anual, nesta época festiva que passou, de música (da chamada "pimba"), que durante umas horas flagelam em todos os canais generalistas do paralelipípedo das imagens nacional, "desmembrando" um a um os nossos, tão essenciais, neurónios? (basicamente, a mesma questão, mas espremida até à sua essência...)
A resposta surgiu-me tão clara, como a virgem aos pastorinhos (tirem as conclusões que quiserem sobre a sua veracidade...).
Dizer que é tudo por causa dos utentes fixos (aqueles que estão lá a morar...) até é verdade, dizer que é para lhes criar entretenimento e lazer, cada um sabe o seu nível de masoquismo e o peso que isso tem no seu espaço lúdico...
Antes de mais temos que partir destas conclusões:
1. Música Pimba faz mal
2. Música Pimba em doses massiças, aleija!
3. Música Pimba em doses massiças, com um estado clínico precário... MATA! (sim... como em morrer... fim!)
Ora, um dos grandes problemas dos hospitais, tá sempre a dar no paralelipípedo nacional, mais precisamente nos serviços públicos noticiosos, é a falta de espaço. Este problema é consequência da má gerência dos senhorios, pois ainda não foi prós anjinhos a senhora idosa, já eles estão a arrendar o espaço (do corredor) à empregada da limpeza (que tem todo o tipo de doenças possíveis e imaginárias ao mesmo tempo... outro assunto a explorar).
E agora pensemos... não dava jeito que a senhora idosa, em vez de ir pelas escadas, apanha-se o elevador pró purgatório?
O Natal dos coisos é gravado (sim gravado, se tiver lá directo é pra enganar... pode acontecer alguma problema e têem que repetir a cena!) numas salas com umas fileiras de cadeiras paralelas ao palco. Nas primeiras filas são colocados o grupo dos clinicamente estáveis (caloiros e segundanistas em matanças deste género); num plano intermédio estão de estado preocupante (doutores - alusão académica - são os pobres coitados que já vão no 3º ou 4º ano de terror); num plano mais convenientemente afastado encontram-se os clinicamente críticos (veteranos na tortura). Atrás destes encontram-se uns alçapões que ligam a sala directamente à... mogue!
Tá-se mesmo a ver o que acontece... os vets não aguentam às atuações, mesmo em playback, das nossas florzinhas pimbinhas... criando, assim, mais vagas para o sistema nacional de saúde.
Tudo isto é muito secreto, só passado de boca a ouvido, numa base de "se te contar, terei que te matar!"